31 jul Aprendizagem: chance real para conquista do primeiro emprego
Como a legislação transformou a realidade de jovens que não conseguiam espaço para um trabalho formal.
No Brasil, a questão do emprego para juventude sempre foi um desafio significativo. Muitos adolescentes e jovens, apesar de terem vontade e disposição para trabalhar, enfrentam barreiras consideráveis de entrada no mundo do trabalho devido à falta de experiência, à concorrência acirrada, às dúvidas das empresas em relação à performance, entre outros.
Além disso, pesquisa mostra que 68% dos jovens que participaram do Programa de Aprendizagem conseguem empregos no mercado formal, enquanto uma parcela da juventude que não está matriculada em nenhum tipo de formação e/ou capacitação não consegue adquirir experiência profissional, o que agrava problemas significativos da sociedade.
A inatividade de jovens pode indicar a falta de oportunidade e reflexo de suas experiências sociais, e, com isso, travar as expectativas, o que consequentemente trava o desenvolvimento econômico do país.
No entanto, desde a implementação da Lei de Aprendizagem houve mudanças significativas, oferecendo oportunidades concretas para aqueles que antes estavam à margem do mercado de trabalho, não tinham perspectivas e nem condições de concluir os estudos por uma série de fatores.
É importante lembrar que, além dos benefícios da aprendizagem para juventude conquistar seu espaço na sociedade com sua força de trabalho, também há uma série de vantagens para as empresas participantes.
Inserção no Mundo do Trabalho
Uma das principais maneiras pelas quais a Lei da Aprendizagem traz uma chance real de transformação da realidade juvenil dos que não trabalhavam é por meio da inserção direta no mundo do trabalho. Antes da legislação, muitos enfrentavam grandes dificuldades para encontrar oportunidades de emprego, especialmente sem experiência prévia e sem a capacitação que o Programa oferece a milhares de adolescentes e jovens.
No entanto, com a exigência legal, as empresas passaram a abrir suas portas para essa parcela da população, proporcionando-lhes uma chance real de ingressar no mundo do trabalho, ou alcançar um trabalho formal, o que indiretamente incentiva o estudo e ainda combate à evasão escolar.
Com isso, as empresas perceberam grandes vantagens nesse tipo de contratação e atrelam seus programas a uma cultura de inclusão social.
Benefícios para as empresas com os aprendizes
Ao oferecer oportunidades de emprego, capacitação profissional, expansão da educação, estímulo ao empreendedorismo juvenil e promoção da participação cívica, essa legislação tanto proporciona uma chance real de inserção no mundo do trabalho, como também contribui para o crescimento econômico, o desenvolvimento educacional e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Além disso, ao longo das mais de duas décadas da vigência da lei, podemos observar diferentes vantagens para as empresas ao incluírem aprendizes em seu quadro, como a renovação dos colaboradores, diversidade entre gerações e uma ponte direta entre o mundo corporativo e a academia, já que naturalmente os estudantes trazem novidades para o ambiente profissional.
Com essa capacitação prática aliada ao desenvolvimento teórico dentro do CAMP Pinheiros, cria-se uma relação de confiança nessa parceria, o que traz vantagens diretas e indiretas na responsabilidade social e imagem institucional, o que se mostra cada vez mais essencial para as marcas.
Capacitação Profissional
Além da oportunidade de trabalho, a Lei visa a necessidade de capacitação profissional para esses adolescentes e jovens. As empresas devem oferecer programas de aprendizagem que combinem trabalho prático com formação teórica, visando preparar os jovens para suas funções específicas e para o mercado de trabalho como um todo, sendo que toda a formação em sala de aula vai ser desenvolvida por uma instituição formadora como o CAMP Pinheiros.
Essa capacitação é essencial não apenas para o desenvolvimento profissional dos aprendizes, como também para garantir que eles estejam aptos a exercerem suas funções de forma competente e responsável. Essa qualificação prática, que deve ser fornecida pela empresa, garante oportunidade profissional proporcionando experiência, espaço esse que era pouco provável de ser aberto antes do programa.
Desenvolvimento Pessoal e Social
Além dos aspectos profissionais, o CAMP Pinheiros também impacta significativamente o desenvolvimento pessoal e social dos participantes do Programa de Aprendizagem. Ao ingressarem no mundo de trabalho e participarem da aprendizagem, os adolescentes e jovens têm a oportunidade de desenvolver habilidades essenciais, como trabalho em equipe, comunicação eficaz e resolução de problemas.
Além disso, outros benefícios do Programa de Aprendizagem para juventude são o contato com colegas e superiores e a experiência de lidar com situações do mundo real contribuem para o amadurecimento e o desenvolvimento profissional e pessoal, preparando-os não apenas para suas carreiras, mas também para a vida em sociedade.
Impacto na Economia
Além dos benefícios individuais, a lei também tem impacto positivo na economia como um todo. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio e Bens, Serviços e Turismo (CNC) os adolescentes e jovens que não estão no mundo do trabalho poderiam ter contribuído com R$46,3 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022.
Ao inserir maior número dessa juventude no trabalho e capacitá-la adequadamente, as empresas contribuem para o aumento da produtividade e da competitividade de seus negócios. Além disso, ao oferecer oportunidades para essa parcela significativa da população que antes estava desempregada, a lei ajuda a impulsionar o consumo e a estimular o crescimento econômico.
Expansão da Educação
Outro aspecto importante é a contribuição para a expansão da educação. Ao exigir que os aprendizes estejam matriculados ou concluído a formação escolar, o que contribui para o combate à evasão escolar e estimula a continuidade dos estudos, garantindo a oportunidade de obter uma formação acadêmica mais sólida, além da experiência profissional.
Isso é especialmente significativo para o público-alvo do Programa de Aprendizagem do CAMP Pinheiros, que em situação de vulnerabilidade social, muitas vezes abandonam o estudo devido às dificuldades econômicas ou à falta de perspectivas de futuro.
Ao combinar trabalho e estudo, a lei oferece uma alternativa viável para juventude brasileira, incentivando a permanência na escola e o investimento no próprio desenvolvimento educacional.
Mais de duas décadas de existência
Ao longo de seus 23 anos de existência, a Lei do Jovem Aprendiz trouxe resultados significativos tanto para a economia quanto para a educação do Brasil. Na esfera econômica, a legislação possibilitou a inserção de milhões de adolescentes e jovens no mundo do trabalho, reduzindo o desemprego juvenil e estimulando o empreendedorismo entre os aprendizes. Só em 2022, 517 mil jovens foram contratados. Também contribuiu para a produtividade das empresas ao fornecer mão de obra qualificada e motivada.
Na educação, a Lei complementou a formação formal dos jovens, incentivando a continuidade dos estudos e proporcionando o desenvolvimento de competências profissionais e pessoais. Também ajudou a reduzir o abandono escolar ao oferecer uma alternativa atraente para jovens em risco, incentivando-os a investir em seu próprio desenvolvimento educacional.
A Lei de Jovens Aprendizes tem sido uma ferramenta poderosa para transformar a realidade de jovens que antes estavam à margem da sociedade. Portanto, é fundamental que as empresas continuem investindo nessa iniciativa, aliadas com uma instituição séria e que garante o estímulo profissional dos aprendizes, como o CAMP Pinheiros, para garantir tanto um futuro melhor para os para os participantes quanto para o país como um todo.
A eficácia da legislação demonstra que políticas públicas focadas na capacitação e inserção profissional dos aprendizes aliadas com a prática de responsabilidade social dos empreendedores e marcas conscientes podem ser catalisadoras de mudanças significativas, oferecendo oportunidades de crescimento e desenvolvimento para toda uma geração e para a própria Nação.
A legislação veio como uma importante ferramenta de capacitação e busca pelo primeiro emprego, no combate ao trabalho infantil e na evasão escolar, o que contribui para a educação, chave do sucesso para o desenvolvimento de qualquer Nação. O impacto ainda alcança a inclusão social de forma significativa e, consequentemente, na redução do ciclo da pobreza.
A lei instituída no Brasil em 2000, é uma medida legislativa que estabelece a obrigatoriedade das empresas de médio e grande porte contratarem adolescentes e jovens sem experiência, visando a capacitação profissional e a inserção no mundo de trabalho. De acordo com as regras, as empresas devem destinar uma porcentagem de suas vagas para os aprendizes, que devem ter entre 14 e 24 anos e estar cursando ou ter concluído o ensino fundamental ou médio.
A principal diferença entre essa lei e a lei do estágio é o limite de idade. A Lei do Estágio destina-se a estudantes do ensino superior, técnico ou profissionalizante, visando complementar sua formação acadêmica com experiência prática na área de estudo. Enquanto os programas de aprendizagem incluem cursos de formação profissional, os estágios proporcionam aos estudantes uma experiência prática relacionada à sua área de atuação.
Ainda mais, os contratos de trabalho dos aprendizes têm duração determinada, geralmente entre 1 e 2 anos, enquanto a duração do estágio pode variar de acordo com o curso e a instituição de ensino. Os aprendizes têm direito a remuneração e benefícios legais, enquanto os estagiários podem receber uma bolsa-auxílio e outros tipos de benefícios, como auxílio-transporte e recesso remunerado. Essas legislações oferecem oportunidades específicas para jovens em diferentes estágios de sua formação educacional e profissional.
Em suma, a Lei do Jovem Aprendiz tem sido uma ferramenta crucial na promoção do emprego juvenil e no desenvolvimento de talentos no país, embora desafios ainda persistam.
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